sábado, 24 de setembro de 2016

"O Tempo no Jardim", o tempo da poesia

Durante as últimas semanas, as turmas do quarto e quinto anos puderem dar às mãos para dançarem a ciranda da poesia. Vamos conferir como foi?

Com o poema “O Tempo no Jardim”, de Cecília Meireles, os alunos receberam a proposta de uma atividade dividida em duas partes: a primeira consistia em leitura e comentários acerca do poema, para que, então, eles pudessem fazer um desenho que se relacionasse com o tema do poema. A segunda parte consistia na composição de uma estrofe que também se relacionava com a temática do poema.

Na turma 401, a leitura do poema foi feita em voz alta por quatro alunos que se dispuseram a ler individualmente cada estrofe, enquanto que, na turma 501, por sugestão dos próprios alunos, a leitura do poema aconteceu coletivamente. Com relação aos comentários dos alunos sobre o poema, a turma 501 foi um pouco mais receptiva, isto é, não houve grandes dificuldades para aqueles tomarem a iniciativa de compartilhar suas opiniões e seus entendimentos a respeito do que fora lido. Em contrapartida, a turma 401 não foi tão receptiva e levou mais tempo para que iniciassem suas conclusões - mas isso apenas no início. Em ambas as turmas, demos um pequeno vocabulário para que não houvesse dúvidas.


O poema carrega certa nostalgia ao tratar de um lugar que evoca tristes memórias. A partir dessa discussão, a segunda parte da atividade foi proposta: fora pedido aos alunos, tanto do quarto quanto do quinto ano, que desenhassem então um lugar que os deixasse feliz, ou trouxesse boas lembranças. Uma grande parte das turmas destacou, de fato, um lugar físico que, associados com algumas ações como brincar, ou passear, por exemplo, evocava boas memórias e/ou sentimentos. Porém, vale ressaltar que alguns alunos de ambas as turmas, por meio de seus desenhos, expressaram suas boas memórias a partir de uma ação propriamente, como viajar, ou um lugar que não especificamente era físico, senão uma cena de um jogo de videogame. A parte dois da atividade, que consistia na construção de uma estrofe de quatro versos com rimas entre si, foi a mais trabalhosa. De início, parecia que os alunos não responderiam bem à proposta, visto que a preferência das turmas é de atividades que envolvam desenhos livres. Todavia, apesar de significativas dificuldades para encontrar palavras que rimassem, é preciso ressaltar que algumas estrofes foram bem elaboradas, dentro do que pedia a atividade! Além disso, uma surpresa: alguns alunos da turma 401 não apenas compuseram uma estrofe que retratasse o desenho, compuseram músicas, apresentando rimas e com mais estrofes do que a proposta inicial pedira. Na turma 501, também houve casos em que os alunos compuseram além do que fora pedido e acabaram por construir poemas.

Por fim, percebemos que a poesia mais uma vez conseguiu vencer: acessou corações, ritmou partilhas e provocou grandes belezas na nossa Sala de Leitura.

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